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Eritroblastose Fetal

  • Foto do escritor: Juliana Romano
    Juliana Romano
  • 3 de nov. de 2017
  • 3 min de leitura

Nossa que nome feio esse do título no nosso novo post, né? Essa doença que pode acometer o bebê também é conhecida pelo nome de Doença Hemolítica do Recém-nascido. Ela é uma patologia que pode ser muito prejudicial a saúde do bebê quando não é identificada precocemente ou tratada da maneira correta. Então vamos conhecer um pouco sobre ela?


O que é eritroblastose fetal?


Eritroblastose fetal consiste na incompatibilidade sanguínea entre mãe e feto, ou seja, mãe Rh negativo e feto Rh positivo, que irá ocasionar a destruição das hemácias (células sanguíneas - glóbulos vermelhos) do feto que apresente Rh positivo. Apesar da circulação materna e fetal serem diferentes e separados, muitas vezes pode ocorrer o contato entre esses tipos sanguíneos, via placenta. Por isso, o organismo da gestante irá reagir contra o Rh do feto, produzindo anticorpos anti-Rh. Geralmente isso irá acontecer a partir da segunda gestação.

Esse fator anti-Rh não irá causar efeitos no concepto durante a primeira gestação, pois a sensibilização ocorre durante o trabalho de parto e parto. Conforme a sensibilização materna vai aumentando, mais o organismo de defesa da mãe é estimulado a produzir anticorpos anti-Rh.

Já durante a segunda gestação essa isoimunização entra em contato com a circulação fetal, onde irão acometer e destruir as hemácias do feto. Essa destruição irá ocasionar algumas complicações como, anemia, hiperbilirrubinemia (excesso de bilirrubina) e icterícia. A partir disso o feto tenta acelerar a produção de glóbulos vermelhos imaturos (eritoblastos), por isso é determinado o nome da doença Eritroblastose Fetal. A Eritroblastose Fetal pode ocorrer também se a mãe já tenha recebido alguma transfusão de sangue Rh positivo, inadequadamente, podendo desenvolver a doença na primeira gestação.


Como ela é diagnosticada?


O diagnóstico da Eritroblastose fetal pode ser realizado através de amniocentese que consiste na punção e na aspiração de uma pequena quantidade de líquido amniótico, para análise de bilirrubina presente no líquido amniótico. Níveis alterados de bilirrubina indicam hemólise fetal (quebra da hemácia fetal) e pode haver a necessidade de transfusão intrauterina e ou a interrupção imediata da gestação.

Também pode ser diagnosticada através do Teste de Coombs Indireto, aumento de anticorpos anti-Rh na circulação materna e o Teste de Coombs Direto, após o nascimento, pela detecção de anticorpos ligados a eritrócitos na circulação fetal, a partir do cordão umbilical.


 

Exames à serem realizados pelo Recém-Nascido:

Grupo Sanguíneo e Fator Rh;

Bilirrubina total e frações.

Exames à serem realizados pela Mãe :

Grupo Sanguíneo e Fator Rh;

Pesquisa de anticorpos.

 

Como prevenir?


Como prevenção existe a vacina Roghan (imunoglobulina anti-D) que será aplicado em todas as mães Rh negativo não sensibilizadas logo após o primeiro parto de um bebê Rh positivo, isso irá fazer com que seja evitado a sensibilização materna ao fator Rh. Ela deverá ser aplicada até 48 horas após o parto e repetida nos partos seguintes. Com ajuda da vacina, o organismo materno estará impedido de produzir anticorpos anti-Rh positivo para destruir novamente as hemácias do bebê.


Como é realizado o tratamento?


O tratamento dos bebês que foram acometidos por essa doença, poderá ser feito através de uma transfusão completa de sangue. O bebê irá receber o sangue do tipo Rh negativo, e não sofrerá a destruição provocada pelas anticorpos maternos. Desta forma as hemácias do bebê serão com o tempo trocadas pelas Rh positiva.


 

Qualquer dúvida estamos a disposição. Entre em contato através dos comentários, ou clicando aqui e nos enviando uma mensagem privada. Big beijos, fiquem com Deus e até a próxima!

Amorosamente,

Juliana Romano!

 

Referências consultadas:


ERITROBLASTOSE FETAL: UMA ATUALIZAÇÃO DA LITERATURA - Clique Aqui.

FREITAS, Fernando. Rotinas em Obstetrícia. 6. Ed – Porto Alegre: Artmed,2011.

Lowdermilk, Deitra Leonard. Saúde da Mulher e Enfermagem Obstetríca. 10. Ed – Rio de Janeiro: Elsevier, 2012



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