O que é essa tal de DPP?
- Juliana Romano
- 10 de ago. de 2017
- 3 min de leitura

Sabemos que a gestação acarreta em diversas alterações no organismo materno, hoje iremos falar sobre mais uma dessas alterações, porem uma alteração que poderá surgir durante o pós-parto, a Depressão Pós-Parto (DPP).
A gestação é um momento único e esperado, e na maioria das vezes desejado por muitas mulheres. Neste período é comum a ideia de intensa felicidade e satisfação para a mãe e todos que rodeiam o novo membro da família. Espera-se que mãe e bebê encontram-se saudáveis e que tenham uma convivência agradável e amorosa. Porem em alguns casos, isto pode não ocorrer. DPP pode atingir em média 10 a 20% das puérperas nos seis primeiros meses após o parto, que irá acarretar em efeitos na saúde do binômio (mãe e bebê), como também a relação da mulher com bebê, parceiro (a) e sua família. As causas do aparecimento da DPP podem ser biologia, psicológica, situacional ou multifatorial. Vamos entender um pouco mais sobre DPP.
Depressão Pós-Parto, o que é?
DPP é uma tristeza intensa e penetrante com graves e instáveis quadros de alterações de humor. Medos intensos, raiva, ansiedade e desanimo que persistem após as primeiras semanas do parto.
Os principais sintomas associados à DPP:
Desânimo, fadiga, sentimento de culpa, alterações no sono, no apetite e na libido, dificuldade de concentração, além de preocupações relativas aos cuidados com o filho, medo de machucá-lo, sentimentos de opressão, ideias obsessivas e/ou suicidas, choro frequente, stress devido à mudança nas rotinas, perda da identidade, falta de tempo livre.
Existem mulheres com maior risco de desenvolver DPP?
Alguns fatores podem aumentar as chances de uma mulher desenvolver DPP após o parto, esses fatores são:
✔ Mulheres que desenvolver depressão durante a gestação
✔ Mulheres que apresentam baixa autoestima
✔ Mulheres que apresentam estresse com os cuidados da criança
✔ Mulheres que desenvolveram ansiedade durante o pré-natal
✔ Mulheres com falta de apoio social
✔ Mulheres com problemas conjugais
✔ Mulheres com histórico de depressão
✔ Mulheres com histórico familiar de depressão
✔ Mulheres com temperamento difícil
✔ Mulheres com baixo status socioeconômico
✔ Gravidez indesejada ou não planejada
✔ Gravidez na adolescência
✔Abuso de substâncias
Como a DPP pode afetar meu bebê?
Quando a mãe encontra-se depressiva, o bebê tende a demonstrar-se irritado, apresentando-se mais choroso, podendo desenvolver mais casos de diarreia que um bebê com uma mãe não depressiva. O referencial do mundo de um bebê é a mãe, quando ele se depara com a mãe triste com problemas emocionais, há grandes chances dele desenvolver diversas alterações emocionais e até mesmo desenvolver uma depressão, assim como sua mãe.
O que se pode fazer quando desconfio que estou tendo DPP?
Não se afaste! A maternidade com certeza é um dos melhores momentos da vida de uma mulher, mas quando você torna-se mãe você não deixa de ser uma mulher, uma filha, uma esposa, uma irmã ou uma amiga. Então não se desconecte do restante do mundo para centrar-se na sua relação mãe-filho. Não esqueça de viver e conviver. Converse com seu companheiro (a), amigos, familiares, distraia-se. Ficar centrada apenas no bebê pode acabar contribuindo com a DPP.
Desabafe! Insegurança e medo são sentimentos muito comum para as novas mamães e para as mamães de segunda, terceira...viagem. Cada gestação é uma gestação, cada parto é um parto e cada mulher é uma mulher. Mas pode ter certeza, todas em algum momento passam por esses sentimentos. Não se sinta envergonhada em pedir ajuda para seus amigos, familiares. E em casos mais graves, não deixe em procurar ajuda profissional.
Alimente-se bem! Muitas mulheres anulam-se para dedicar-se integralmente para o novo bebê, e muitas vezes acabam deixando sua própria alimentação de lado. Estudos comprovam que a falta de algumas gorduras, aminoácidos e vitaminas podem influenciar e ajudar no surgimento da DPP. Adote hábitos de vida e alimentares saudáveis, tente retornar a suas rotinas de cuidados anterior a sua gestação. Pense em você.
Lembre-se sempre: você nunca será culpada por desenvolver DPP, procure ajuda. Lute pela sua saúde e bem-estar! Conte conosco, caso queira deixar seu relato ou dúvidas entre em contato clicando aqui.
Carinhosamente,
Juliana Romano!
Referencias utilizadas:
Análise dos fatores de risco associados à depressão pós-parto: revisão integrativa - Clique Aqui
O impacto da depressão pós-parto para a interação mãe-bebê - Clique Aqui
Identificação dos fatores de risco para depressão pós-parto: importância do diagnóstico precoce - Clique Aqui
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